sonhar é de graça, não poupe-se*

Eu cultivei sonhos, tão diversos, tão estranhos, e por vezes quase me perdi em meio a eles. Houve momentos em que a vergonha me envolveu, quando os sonhos pareciam extravagantes demais, distantes demais da realidade.

Mesmo os sonhos que guardamos só para nós mesmos são como pequenos fragmentos de vida, nunca totalmente saciados. Cada um, mesmo aqueles nascidos em plena luz do dia, tem sua própria magia, sua própria importância. São como chamas delicadas em um universo vasto e solitário.

Amor é sonho, paixão é sonho. Cada sonho é uma viagem emocional, um refúgio da rotina árida. São como trilhas que traçamos em nossas mentes, aspirações que moldam nossos destinos, desejos que nos impulsionam para além dos limites do possível.

Mas também há o medo, sempre presente. O medo de esquecer, de perder para sempre os sonhos que uma vez foram tão vivos. O medo da angústia que os sonhos tristes deixam em seu rastro, como sombras indeléveis em nossa alma.

E ainda assim, mesmo diante desse medo, ainda queremos sonhar. Pois é nos sonhos que encontramos a coragem para enfrentar a realidade, para nos desafiarmos, para nos tornarmos quem realmente somos.

Sonhar pode ser um luxo, mas também é uma necessidade. Não podemos nos privar desse consolo, dessa fonte inesgotável de esperança e inspiração. Pois é no reino dos sonhos que nos tornamos verdadeiramente humanos, onde encontramos a força para seguir em frente, apesar de tudo.


carinhosamente

Aline Nazaro

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