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á espera*

 Me feri sozinha, em tantas ocasiões, Em meio a cenas de sentimentalismos, me perdi. Fiz tantas encenações que confundi o próprio caminhar, Já não sei discernir quais são as ilusões. Chorei sem razão aparente, apenas pela dor que assolava, Um porquê que pertencia apenas a mim, e ali fiquei, imóvel, À espera, sem saber exatamente o quê, Mas permaneci, sem encontrar respostas para as perguntas incontáveis. Só eu e o tempo, que rouba a realidade aos poucos, Ainda estou ali, esperando, sem saber por quê, Mas posso me ver, mesmo que tudo pareça sem sentido, Apenas esperando, sempre esperando. Percebo que talvez seja assim que estarei daqui a milênios, Imersa em uma imagem imortal, à espera. Dizem que é simples amar a vida tediosa, Mas para mim, não é suficiente, não quero me permitir. Amar alguém tão idiota, esconder os sentimentos, Não posso simplesmente dizer "amar", E já declarei que amo, acreditando verdadeiramente, Porém, o amor é mais do que isso, É esperar sem saber, é amar...