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Mostrando postagens de dezembro, 2022

carta para mim (mais uma vez)*

É curioso como a vida é tecida com fios de incerteza, onde até mesmo o que parece mais certo hoje pode se tornar uma memória envolta em arrependimento amanhã. No entanto, permanecer estático, cativo do medo do desconhecido, é como assistir ao espetáculo da existência passar diante de nossos olhos, sem nunca realmente nos permitirmos participar. Não desejo que minha história seja apenas uma sucessão de "e se...", palavras que ecoam como suspiros de oportunidades não vividas. Pois não quero que o enredo da minha vida seja definido por escolhas não tomadas e sonhos não realizados. Assim, prefiro me lançar ao mar das possibilidades, guiado pela bússola do coração. Pois é na coragem de seguir em frente, mesmo diante das ondas tumultuadas da incerteza, que encontramos a verdadeira essência da vida - uma jornada repleta de momentos preciosos, onde os "e se..." se dissolvem na beleza do presente. Aline Nazaro

se ame*

Todos nós carregamos um pouco de angústia guardada dentro de nós, um resquício que surge após momentos de felicidade, nos fazendo questionar se existe paz eterna. Não consigo explicar e tampouco tentarei. Tenho passado tanto tempo afastada das palavras, buscando melodias para expressar a grandiosidade do que sinto, mas em uma época em que tudo se torna viral, tenho medo de fracassar. Respire fundo, desligue tudo que te desconecta do mundo em que deseja encontrar-se. Dirija-se à palavra, converse consigo mesma, sinta amor por si mesma, abrace-se como se fossem os braços da pessoa mais importante do mundo, pois esse alguém é você, deveria ser. Falar sozinha em um canto do seu universo é um caos que você pode destruir ou construir. Amar é um negócio no qual podemos fracassar, mas não há como evitar sem correr o risco. Aline Nazaro

Normal ?*

É uma jornada complexa essa em que nos encontramos, repleta de medos e anseios que nos assombram no escuro do desconhecido. É normal buscar companhia nos momentos de solidão, ansiar por um grito libertador que ecoe no silêncio ensurdecedor da alma. Por vezes, sem perceber, deixamos escapar palavras impetuosas que revelam segredos guardados com tanto zelo, ferindo aqueles que mais amamos. Nos encontramos em uma era de excessos verbais, onde falamos sem ouvir e perdemos o ritmo da comunicação genuína. É normal sentir saudades de tempos que já se foram, quando o que antes nos assombrava se torna uma lembrança agridoce. É como se estivéssemos dançando uma coreografia sem ensaio prévio, tropeçando nos passos, pisando nos pés dos parceiros, mas ainda assim rindo e chorando das nossas próprias desventuras. É normal, até mesmo comum, nos sentirmos como um zero à esquerda em meio ao turbilhão da vida. No entanto, o que realmente me intriga é a falta de desejo para mudar, para crescer, para evol...